terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sobre os 33 mineiros


Do ventre materno viemos à luz por um buraco. No mundo passamos boa parte da vida conhecendo buracos. No fim escapamos pelo último buraco: o longo túnel que dá na outra luz. O buraco serve como uma metáfora – até carnal – da saída normal de todas as coisas. Seu componente simbólico vigora na contenção das potências - boas ou ruins -, embora contra ele já se tenham inventado a cesariana, o bacanal, o homem-bomba e este grande inconformado: o claustrofóbico.  

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